Marisa Rosa Cabral, é apaixonada por literatura, principalmente a poesia. Nasceu em Osvaldo Cruz e diz que é suburbana feliz e praticante! Mora ao lado de Madureira. Subúrbio da Cidade Maravilhosa!
Quem sou eu?!
...Sou uma mágoa doída
no fundo da alma brotada
sou a trilha que a boiada
leva na mente esquecida
um vaso sem margarida
sou santo sem procissão
tanto faz, sou sim e não
posso ser, talvez, quem dera
qualquer coisa, coisa mera
sou preciso e sem noção!
Eu sou a agua que passa
sou ribeiro, sou nascente
sou o desejo indecente
que agita a alma da massa
Também sou a vida escassa
de algria e bom humor
mas não lhe devo favor
nem a ti, nem a ninguém
minha rima me matém
sou poeta trovador!!!
(Marisa Rosa)
...Sou uma mágoa doída
no fundo da alma brotada
sou a trilha que a boiada
leva na mente esquecida
um vaso sem margarida
sou santo sem procissão
tanto faz, sou sim e não
posso ser, talvez, quem dera
qualquer coisa, coisa mera
sou preciso e sem noção!
Eu sou a agua que passa
sou ribeiro, sou nascente
sou o desejo indecente
que agita a alma da massa
Também sou a vida escassa
de algria e bom humor
mas não lhe devo favor
nem a ti, nem a ninguém
minha rima me matém
sou poeta trovador!!!
(Marisa Rosa)
DEVANEIOS
A taça,
o vinho que já finda
e esta imagem a linda
que me traz você.
Ainda sei manobrar a máquina do tempo
e trazer de volta às tardes cúmplices de nossos
melhores anos... Que o vento não dissipou!
O mesmo vento que ainda tenta, em vão,
levar embora teus cabelos dourados
soprando feroz neste passado e tão longe me leva.
Apaga-se à vela.
A saudade se aninha
e neste devaneio
inspiro versos...
Brindo à taça,
o vinho que já finda
E a lembrança me afaga...
Marisa Rosa
Ontem Cecília e eu fomos pegar as crianças na escola. Esse é um pequeno momento que compartilhamos nossas angústias, nossas queixas de mulher, esposa e mãe. Chegamos um pouco mais cedo, pois as coisas aqui na comunidade não estão muito boas. Ultimamente viramos figurantes de um filme de terror, já me vi na TV correndo feito uma desesperada. Cecília está até doente pelo susto que passou semana passada, quando um sujeito estranho entrou pela casa dela para se esconder da polícia. Imagina, um pelotão de fuzilamento apontando para sua humilde casa, na caça do tal bandido, e a criatura lá dentro com as crianças como refém. Felizmente tudo acabou bem, quer dizer, ninguém se machucou, o danado fugiu pelo muro dos fundos que nem um tinhoso. Cecília ficou um caco de gente. Meu Deus o que está acontecendo com nossa cidade? Nem parece mais a mesma. Todos os dias, eu peço ao Todo Poderoso para poupar nossa gente, que só faz sofrer e trabalhar. Nem o nosso tradicional churrasquinho na laje, nós não podemos fazer mais. Junho passou e nem fizemos nosso arraia. Tempo de sangue e morte esse que ronda nas noites e invade o dia. As crianças vivem igual prisioneiras, e por mais que agente tente não deixar elas verem o que acontece, está tudo ali, na nossa frente.
Carlos dono da banca de jornal, que é um gozador, toda vez que vou buscar o jornal, diz que vai correr no PAN e que vai trazer a medalha de ouro e pendurar na banca, pois nos últimos meses o que mais faz é treinar. Quando ouve o primeiro tiro corre mais que aqueles africanos da maratona. Eu acho graça, mas quando vejo a cara da Cecília tão abatida, me dá um nó no coração. Senhor olha por nós que acabamos morrendo sem saber porque.
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Ainda que existisse palavra para expressar o que sinto neste momento, não seria suficente e não bastaria. Sinto-me honrada e uma grande emoção me toma por inteiro!
ResponderExcluirSei que o que sinto é verdadeiro, mas agradecer a altura este presente inesquecível, não conseguiria!
Soninha, obrigado por tudo!
Há um nó na garganta que me impede até de pensar, amiga.
Beijos grandes!!!
Que Deus lhe abençoe sempre!
Marisa Rosa Cabral.