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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

BRASILEIRA VENCE CONCURSO MUNDIAL DE REDAÇÃO


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'.

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

PÁTRIA MADRASTA VIL

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência... Exagero de escassez... Contraditórios??
Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe.
Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome.
Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar.
E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo.
Sem egoísmo. Cada um por todos...
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído?
Como gente... Ou como bicho?

(E-mail enviado por Bilá Bernardes- representante da Poemas à Flor da Pele em MG)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

MOVIMENTO SUREADO HOMENAGEIA PRESIDENTE DA CAPORI


O movimento Cultural Sureado homenageia em 05 de março, 21 h, no Se Acaso Você Chegasse, mais personalidades do mundo artístico e poético de Porto Alegre.
Na oportunidade receberão a láurea oferecida por Washigotn Gularte, Presidente do movimento no Brasil, os professores de salsa Fábio Zuchelo e Julie Teixeira e a Presidente da Casa do Poeta Rio-Grandense, a advogada, poeta e escritora, Ieda Cavalheiro.

Confirmar presença:
E-mail:
wgularte@hotmail.com
sureado@hotmail.com
Fone: 91 060 864

Endereço: Av. Venâncio Aires, 866,
ingresso R$ 15,00

CONVITE ASSOCIAÇÃO DOS POETAS NA PRAÇA



A Associação Poetas na Praça, convida o poeta para participar do grandioso evento, dia 14 de Março, DIA NACIONAL DA POESIA, em homenagem ao 162º. Aniversario de nascimento do poeta Castro Alves.

Já há décadas realizamos com poetas brasileiros e de outros paises possibilitando o intercâmbio cultural vivo.

Programação

Local – Praça Nacional da Poesia ( Piedade ) Salvador, Bahia, Brasil

08 H. Abertura da exposição dos artistas plástico, Paulo Cica e Bel Cica

09 H. Recital dos Poetas na Praça

10 H. Lançamento de livros e recital de poetas convidados

11 H. Criançarte ( Trabalho pedagógico com crianças )

12 H. Lançamento da Coletânea dos Poetas na Praça, em homenagem a Castro Alves

13 H. Show musical - Voz e violão – Ricardo indiano
Distribuição de rosas, pôster, biografia de Castro Alves

14 H. Show musical – Banda Eletroteck, Jazz, Blues

15 H. Dança – Movimento In Cena – Vinicius In Bossa

16 H. Show Folclórico – Grupo Iuna

17 H. Recital aberto

Sede – Rua Carmosina, 17, Barros Reis, Salvador, Bahia, Brasil

Tel. 5571 33811340/ 5571 88042608

poetasnapraca@hotmail.com

convite enviado por Delasnieves Dáspet,
Embaixadora no Brasil Poetas del Mundo

PORQUÊ? O PUXÃO DE ORELHA


Recebi de uma amiga muito querida um desabafo, que sei é o grande desabafo dos artistas brasileiros, que não são valorizados pela sua gente.
Abaixo uma pequena mostra do trabalho de Fátima Queiroz, uma artista de primeira grandeza que faz fractais com toques de genialidade.





Leiam o desabafo:

"Vocês têm blogs comunitários e deles não participam artistas plásticos e digitais?
Porquê?
Porque usam imagens sem créditos e valorizam fotos da net e não dos artistas do brasil?
Porquê?
Porque só poetas tem nomes e os criadores de imagens dificilmente são lembrados?
Porquê?
Observo muito e tenho notado o descaso com quem faz imagens e volto a perguntar, porquê?
No orkut tem imagens, imagens e mais imagens e o trabalho sério de artistas, fotógrafos etc é esquecido... é cultura. Porquê?"

Fátima Queiroz
Artista Digital - Santos/SP
http://eternal-fractals.blogspot.com/

(De minha parte amiga estou promovendo um e-book da Comunidade Poemas à Flor da Pele, onde divulgo poetas, escritores, artistas plásticos e digitais, sei que é pouco, mas vamos abrir espaços inclusive nas nossas comunidades.)

MIOPIA CULTURAL DE KLEBER GALVEAS

Recebi este e-mail de uma amiga do Espírito Santo que traz uma crônica de Kleber Galveas, pintor radicado no Estado que fala sobre a necessidade de incentivar e valorizar mais o artista brasileiro.
Leiam é muito interessante!
Antes apresento estas obras encantadoras deste lindo pintor.

Flores conceituais
Impressionimo

Impressionimo

Na noite de 24 de dezembro de 1973, no Mercado da Capixaba participei, com alguns alunos, da primeira feira hippie que aconteceu em Vitória. Procurando chamar a atenção dos passantes, para nossos artesanatos, agitava um chocalho quando alguém se aproximava da barraca.

Lá pelas 20 horas apareceram três visitantes, com um violão e pequeno tambor. Sentados no chão, começaram a tocar e cantar músicas que eu não conhecia. Curioso, me aproximei e o ritmo de suas canções conduziu meu chocalho. Tocamos, cantaram e conversamos.

O cantor, compositor das músicas, disse que estava chegando de Alagoas, e pretendia atuar no Espírito Santo. Lembrei que Roberto Carlos, Imperial, Menescal, Altemar Dutra, Paulo Sergio, Nara Leão..., só cresceram fora daqui. Pensei nos quatro melhores cantores/compositores da Barra do Jucu (apurados em concursos de calouros, anos 70) que se profissionalizaram: político (Duda), bancária (Noélia), artesão (Léo) e lixeiro (Toninho).

Depois de elogiar a qualidade e originalidade das músicas do visitante, recomendei que seguisse para o Rio. Ele alegou que não tinha recursos, estava em Vitória trazido por amigos e não conhecia ninguém por lá.

Insisti que aventurasse e descobrisse onde moravam artistas famosos e inteligentes, como o Caetano, Gil, Elis ou Chico Buarque. Na calçada de um deles, tocando e cantando por alguns dias, seria notado. Disse-lhe que tinha certeza que, quando ouvido, a qualidade das composições despertaria interesse por dois motivos: primeiro, todo bom cantor gosta de ouvir uma boa música; segundo, o artista inteligente sabe que revelar um talento é gratificante, é como colocar uma pedra no pedestal da sua própria realização.

A feira acabou antes da meia-noite e cada qual foi para sua casa passar o Natal. Depois de alguns anos (três?) recebi a visita de Luciana Vellozo, uma das alunas que participaram daquela feirinha. Então fiquei sabendo que o cantor daquele natal era o Djavan, projetado no cenário nacional, apoiado por artistas famosos.

Até hoje não sei se a estratégia adotada por ele, foi a sugerida em Vitória. Acredito que se tivesse permanecido aqui, suas músicas estariam esquecidas, como as de dezenas de outros cantores e compositores de talento. Tem sido assim com a música, teatro, literatura, artes plásticas e até com a nossa história.

Precisamos retirar os óculos de grau elevado para miopia, que insistimos em usar o tempo todo, enxergando bem só o que acontece ao longe: eles borram as imagens próximas.

Um dos maiores micos que paguei na minha vida aconteceu, em 1982, no Óregon (US). Visitando a redação de um jornal local para divulgar minha exposição, levei alguns recortes de jornais capixabas. Um destes divertiu os jornalistas americanos. Não pelo lado da folha onde estava meu trabalho, mas o oposto, dedicado aos 25 anos da morte do ator James Dean. Depois de passarem a página de mão em mão, rindo muito, me devolveram dizendo que aquela era prova concreta da eficiência ampla e persistente do colonialismo cultural americano. E em tom de brincadeira provocaram: "Arriba Brazil!".

O compromisso da mídia não é com o artista, mas com a notícia. "Incentivar a valorização e a difusão das manifestações culturais" é obrigação constitucional do Estado (Art. 215).. Ao artista compete produzir obras que alcancem o público, e este deve buscar informações originais, recusando insistentes pastiches da mídia local. Dos míopes culturais, espero que consigam lentes corretivas modernas, multifocais, para enxergarem tanto o que está distante, quanto o que está próximo.

Kleber Galveas, pintor. Tel. (27) 3244 7115

www.galveas.com

matéria recebida de Denise Moraes do Nascimento do Espírito Santo

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

POETAS HOMENAGEADOS NO E-BOOK DA POEMAS À FLOR DA PELE

A Comunidade POEMAS À FLOR DA PELE mais uma vez é notícia dentro do espírito democrático e empreendedor que lhe é peculiar e está se tornando umas de suas marcas de estilo.
A caminho do terceiro aniversário incluiu dentre seus eventos a realização do terceiro E-book, com a participação de mais de oitenta participantes, entre eles poetas e artistas plásticos e digitais.
Este ano traz uma novidade: promoveu enquete para escolher três poetas já consagrados pelo público para serem homenageados no livro virtual.
A grata surpresa foi registrar a participação expressiva da comunidade na escolha dos poetas, quase 300 participações. Nesse enfoque, despontaram:

Poeta e escritor Cairo Trindade, Copacabana/Brasil


Ferreira Gullar, um dos maiores poetas brasileiros vivo.
São Luiz/MA/Brasil



Afonso Estebanez, poeta e escritor do Rio de Janeiro



Théo Drummond, poeta, publicitário e escritor do Rio de Janeiro

Muitos nomes foram significativamente lembrados, a exemplo dos amigos Luiz Fernando Prôa, Ademir Bacca e os não menos admirados:Luiz Fernando Veríssimo, Elisa Lucinda, Martha Medeiros, Jenário de Fátima, Mário Pirata, Tonho França, Jidu Saldanha, dentre outros.
É importante notar que a maioria dos eleitos divulga seus trabalhos no ORKUT, e estão firmando-se como destaques da poesia moderna, a exemplo do grupo do Rio de Janeiro que já tem seu espaço cativo no cenário nacional.
A Poemas à Flor da Pele congratula-se com todos e sente-se honrada em contribuir para o movimento poético nacional.
E não para por aí.
No 3º aniversário da Comunidade (29 de abril de 2009) estamos trabalhando para realizar o primeiro Encontro Nacional em Vitória-ES que, estima-se, contará com a presença de muitos membros da comunidade e convidados deste Brasil afora, para o qual estamos pensando em atividades como: lançamento do E-book: ARREBATAMENTOS, lançamento do segundo livro infantil: POEMAS À FLOR DA IDADE, premiação, com troféus, especialmente criado para o evento, para os que se destacaram em sua área de atuação, além de oficinas de poesias, saraus, visitas a escolas, asilos e hospitais, para divulgar a poesia aos quatro cantos da cidade.
Tudo isso é possível porque a Coordenação da Poemas, Soninha Porto, Moderação e Representantes são movidos a otimismo, coragem e não medem esforços para realizar, criar, promover, incentivar. São integrantes de uma equipe cuja principal característica é a cooperação e o entusiasmo, além da amizade, sentimento que surgiu virtualmente e está cada dia mais se solidificando também fora dele.
Agradecemos aos homenageados e aqueles que foram também mencionados, o nosso apreço, admiração e afeto, lembrando que suas pegadas são nosso horizonte e seu exemplo de dedicação e amor à poesia o alimento de que a nossa alma precisa para o sucesso dessa nossa jornada poética.


Basilina Pereira
Representante da Poemas à Flor da Pele
Brasília/DF